JESUS PROCURA POR VOCÊ

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dez atitudes do missíonário


1. Ler uma página da Bíblia todos os dias.

2. Conhecer e amar seu bairro, as pessoas e a Comunidade, onde se reabastece espiritualmente.

3. Começar o dia com uma oração missionária, pedindo em favor de pelo menos uma pessoa.

4. Sair de casa com o coração reconciliado com todos os familiares.

5. Saudar as pessoas com sentimentos cristãos.

6. Ganhar a amizade de todos os vizinhos e colegas, tendo espírito de serviço

7. Sempre dar o testemunho de pessoa honesta, dedicada e comprometida com o Evangelho.

8. Falar da sua igreja com amor e entusiasmo, respeitando as outras.

9. Saber introduzir a mensagem de Jesus na conversa.

10. Convidar a conhecer alguma atividade da nossa Igreja.

Dez coisas que os catequistas deveriam saber antes de começar na catequese.

1ª – Você está sendo convidado para uma missão e não para uma simples tarefa que qualquer um executa.Encare a catequese como algo sério, comprometedor, útil. Suas palavras e suas ações como catequista terão efeito multiplicador se forem realizadas com ânimo e compromisso;

2ª – Sorria ao encontrar seus catequizandos. Um catequista precisa sorrir mesmo quando tudo parece desabar. Execute sua tarefa com alegria e não encare os encontros de catequese como um fardo e ser carregado;

3ª – Se no primeiro contratempo que aparecer você desistir, é melhor nem começar. A catequese, assim como qualquer outra atividade, apresenta situações difíceis. Mas que graça teria a missão de um catequista se tudo fosse muito fácil? Seja insistente e que sua teimosia lhe permita continuar nesta missão e não abandonar o barco na primeira situação adversa;

4ª – Torne os pais de seus catequizandos aliados e não inimigos. Existem muitos pais que não querem nada com nada na catequese. Mas procure centrar o seu foco naqueles que estão empolgados, interessados e são participantes ativos. Não fiquei apenas reclamando as ausências. Vibre com as presenças daqueles que são compromissados com a catequese e interessados pela vida religiosa de seus filhos;

5ª – Lembre-se sempre que você é um catequista da Igreja Católica. Por isso você precisa defender as doutrinas e os ensinamentos católicos. Alguns catequistas que se aventuram da tarefa da catequese, as vezes, por falta de preparo, acabam fazendo, nos encontros, um papel contrário aquilo que a Igreja prega sobre diversos assuntos. Isso é incoerência das maiores;

6ª – Não esqueça da sua vida pessoal. Por ser catequista, a visibilidade é maior. Então cuide muito dos seus atos fora da Igreja. Não precisa ser um crente, mas é preciso falar uma coisa e agir da mesma forma. A incoerência nas ações de qualquer cristão, passa a ser um tiro no pé;

7ª – Saiba que você faz parte de um grupo de catequistas e não é um ser isolado no mundo. Por isso, se esforce para participar das reuniões propostas pela equipe da sua catequese. Procure se atualizar dos assuntos discutidos e analisados nestas reuniões. Esta visão comunitária é essencial na catequese. Catequista que aceita a mudar catequese e acha que o seu trabalho é apenas com os encontros, está fora de uma realidade de vivência em grupo;

8ª – Freqüente a missa. Falamos tanto nisso nos encontros, reuniões e retiros de catequese e cobramos que os jovens e os pais não freqüentam as celebrações no final de semana. O pior é que muitos catequistas também não vão à missa. Como exigir alguma coisa se não damos o exemplo?

9ª – Seja receptivo com todos, acolhedor, interessado. Mas isso não significa ser flexível demais. Tenha regras de conduta, acompanhe a freqüência de cada um de seus jovens, deixe claro que você possui comando. Fale alto, tenha postura corporal nos encontros, chegue no horário marcado, avise com antecedência quando precisar se ausentar, mantenha contato com os pais pelo menos uma vez por mês. Você é o catequista e, através de você, o reino de Deus está sendo divulgado. Por isso, você precisa não apenas “aparentar”, mas ser catequista por inteiro;

10ª – Seja humilde para aprender. Troque idéias com os seus colegas catequistas. Peça ajuda se for necessário. Ouça as sugestões e nunca pense que você é o melhor catequista do mundo. Não privilegie ninguém e trate todos com igualdade. Somos apenas instrumentos nas mãos de Deus. É Ele quem opera quem nos conduz e, através de nós, evangeliza. Seja simples, humilde e ao mesmo tempo forte e guerreiro para desempenhar a sua missão.

Que fez Jesus durante a sua "vida oculta"?

Todos sabemos o que Jesus fez durante os três anos da sua vida pública: como percorreu as cidades e aldeias da Palestina pregando o Reino de Deus, curando doentes, ressuscitando mortos e ensinando parábolas. Mas, que fez durante os mais de 30 anos anteriores? Por que motivo os evangelhos guardam silêncio acerca dessa etapa da sua vida?

Os anos perdidos de Jesus

O único que sabemos desse longo período é um episódio que sucedeu aos 12 anos, quando Ele se perdeu em Jerusalém durante uma festa de Páscoa, e como José e Maria o encontraram «no Templo sentado no meio dos mestres, escutando-os e fazendo-lhes perguntas; e todos os que o ouviam estavam assombrados pela sua inteligência e as suas respostas» (Lc 2,46-47). Mas, imediatamente a seguir, o evangelho diz que regressou para Nazaré e o véu do mistério desce de novo sobre a sua vida, ocultando todas as suas actividades durante os 20 anos seguintes.

Este enigmático silêncio sobre a juventude de Jesus fez com que muitos inventassem histórias e relatos incríveis. Assim, alguns, com bastante imaginação, afirmam que viajou para a Inglaterra acompanhado pelo seu tio-avô José de Arimateia, onde conheceu o druidismo (a religião dos celtas) e onde aprendeu algumas das ideias que mais tarde viria a ensinar, como a Trindade e a chegada do Messias.

Outros afirmam que foi para a Índia, onde os grandes Budas lhe ensinaram a ler, a curar enfermos e a realizar exorcismos. Outros garantem que esteve no Egipto aprendendo os segredos dos faraós e enchendo-se de energia misteriosa nas grandes pirâmides. E os mais ingénuos pensam que chegou até à América para se iniciar na sabedoria antiga dos peles-vermelhas.

Ler bem os Evangelhos

Estes relatos puderam ser inventados porque, segundo a crença popular, os evangelhos se calam e não contam nada sobre os anos perdidos de Jesus. Mas, será que os evangelhos se calam absolutamente? Não dão indícios, em lado nenhum, do que Jesus fez durante todos aqueles anos? Na verdade não é assim. O evangelho de São Lucas proporciona duas pistas muito importantes.

A primeira, depois de narrar a apresentação do menino Jesus no Templo de Jerusalém poucos dias depois de ter nascido. Diz que José, Maria e o menino «voltaram para a sua cidade de Nazaré, na Galileia. E ali o menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele» (Lc 2,39-40). Portanto, o evangelista informa-nos claramente que Jesus passou os anos seguintes da sua vida na povoação de Nazaré, onde experimentou um desenvolvimento físico, intelectual e religioso, como qualquer menino da sua idade.



A segunda, depois de contar que o menino Jesus se perdeu aos 12 anos na cidade de Jerusalém e foi encontrado no Templo. Diz que «voltou com eles para Nazaré, e ali viveu, obedecendo-lhes em tudo. E Jesus continuava a crescer em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens» (Lc 2,51-52).



Como qualquer um da sua terra

Se nos limitarmos, pois, ao evangelho, teremos de concluir que Jesus não se moveu de Nazaré durante todos esses anos. Voltou para Nazaré, diz Lucas. E ali, no seu círculo familiar, sendo «submisso» aos pais, adquiriu a sua maturidade humana, intelectual e psicológica, tal como os outros meninos judeus do seu tempo.

Isto é confirmado por um episódio relatado no evangelho de Marcos. Quando Jesus pregou pela primeira vez na sinagoga de Nazaré, os aldeãos galileus, ao ouvi-lo, encheram-se de assombro [maravilharam-se] e disseram: «De onde é que isto lhe vem e que sabedoria é esta que lhe foi dada? Como se operam tão grandes milagres por sua mão? Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria…» (Mc 6,2-3).

A vida de Jesus, pois, deve ter decorrido de um modo tão ordinário e normal na sua aprazível aldeia de Nazaré, que no dia em que se apresentou em público com uma sabedoria fora do comum os seus concidadãos de Nazaré se surpreenderam. Nunca tinham suspeitado que Ele fosse mais do que «o carpinteiro», «o filho de Maria». Se Jesus se tivesse ausentado da sua terra para estudar e se aperfeiçoar, como dizem as lendas atrás mencionadas, os galileus não teriam de que se surpreender dos seus prodigiosos conhecimentos.

Se Jesus não saiu de Nazaré durante a sua infância e a sua juventude (além das suas peregrinações a Jerusalém, ou de uma viagem ocasional a alguma povoação vizinha), que fez em todos esses anos? É possível conhecer algo da sua vida oculta? Sim, é possível, graças aos descobrimentos arqueológicos e literários que actualmente possuímos.


Qual era o seu verdadeiro nome?

A primeira coisa que fizeram os pais com o menino Jesus, pouco depois do seu nascimento, foi dar-lhe um nome. Isto realizava-se no meio de uma alegre cerimónia, celebrada no oitavo dia como ordenava o Génesis (17,12), e perante várias testemunhas.

O nome que José e Maria lhe puseram foi Yehoshua, que em hebraico significa Josué. Pela Bíblia sabemos que na Palestina esse nome costumava ser abreviado e pronunciar-se Yeshua, por razões de familiaridade. Por sua vez, na Galileia, onde se falava de um modo diferente do resto do país, e onde vivia a sagrada família, abreviava-se ainda mais e pronunciava-se Yeshu. Por isso, os primeiros cristãos de origem grega traduziram-no mais tarde por Jesus.

O nome de Yeshua, no século I, era um dos mais comuns e ordinários de então. Assim o vemos, por exemplo, no escritor Flávio Josefo, que nas suas obras menciona mais de 20 pessoas que se chamavam Jesus na história judaica; das quais, pelo menos 10 são contemporâneas de Jesus de Nazaré.

Em hebraico, Jesus (ou Josué) significa “Deus salva”. E não lhe puseram esse nome ao menino apenas em homenagem ao comandante hebreu Josué, mas porque, segundo Mateus, um anjo disse a São José: «dar-lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados» (Mt 1,21).

Aprendeu a ler e escrever?

Terá Jesus aprendido a ler e a escrever durante a sua infância, numa pequena povoação tão insignificante como Nazaré, ou permaneceu analfabeto? Muitos pensam que semelhante pergunta é absurda, pois três episódios dos Evangelhos mostram claramente que Ele sabia ler e escrever.

O primeiro é aquele em que os escribas e fariseus lhe apresentaram uma mulher surpreendida em adultério, perguntando se deviam apedrejá-la ou não. «Jesus, inclinando-se para o chão, pôs-se a escrever com o dedo na terra» (Jo 8,6).

O segundo foi quando Ele, «segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler e lhe entregaram o livro do profeta Isaías…» (Lc 4,16-17).

O terceiro é aquele em que os judeus, ao ouvi-lo pregar em Jerusalém, se perguntaram maravilhados: «Como é que este é letrado, se não estou?» (Jo 7,15).

Mas, lamentavelmente, nenhum destes três textos serve para provar a capacidade de Jesus para ler e escrever.

O primeiro, porque, ao mostrar Jesus a “escrever” com o dedo no chão, mas sem dizer o que Ele escrevia, levou a pensar que só traçou umas linhas sobre o pó, talvez com a intenção de manifestar o seu incómodo aos acusadores da mulher, mas sem escrever realmente nada.

O segundo, porque o texto do profeta Isaías que Jesus lê na sinagoga de Nazaré, tal como está, não existe. É uma passagem construída pelo evangelista Lucas com versículos salteados desse livro (isto é: Is 61,1; 58,6; e 61,2). Como teria Jesus conseguido ler esse texto no livro de Isaías?

O terceiro, mostrando Jesus a saber “escrita” sem ter estudado, de facto não diz que Jesus sabia “escrever”, mas que sabia usar as Sagradas Escrituras (ou seja, o Antigo Testamento) numa discussão teológica, coisa que podia ter aprendido oralmente de cor, sem necessidade de saber ler.


Os dois ciclos de estudo

Não temos, pois, nos Evangelhos provas seguras de que Jesus soubesse ler e escrever. Poderemos sabê-lo por outra via? Sim.

Pela literatura judaica sabemos que quando Jesus era criança existia em Nazaré, como nas demais aldeias da Palestina, uma pequena escola, aonde acudiam os meninos a partir dos 5 anos. O local estava anexo à sinagoga, e o programa escolar constava de dois ciclos básicos.

O primeiro ciclo durava cinco anos. Os meninos começavam a aprender as letras do alfabeto hebraico, e eram logo iniciados na leitura da Bíblia, a partir do livro do Levítico. Daí passavam para os outros livros bíblicos, repetindo-os versículo por versículo, até aprenderem o texto sagrado quase de memória. Pela Bíblia, os alunos estudavam tudo: a língua, a gramática, a história, a geografia.

Terminada esta primeira etapa, os meninos passavam para o segundo ciclo, que durava dois anos. Neles, aplicavam-se ao conhecimento da “Lei Oral” judaica (chamada Mishná), isto é, às interpretações e complementos que os doutores da Lei faziam das leis bíblicas.

Ao chegar aos 12 anos, os meninos terminavam os seus estudos. Se algum era particularmente brilhante, então podia cursar estudos mais avançados; para isso tinha de ir para Jerusalém ou outra cidade importante do país, e inscrever-se nas escolas dirigidas pelos mais célebres doutores da Lei. Mas isso era privilégio de uns poucos; a maioria dos jovens reintegrava-se na sua família, onde começava a aprender com seu pai uma profissão para ganhar a vida.

Sem dúvida, Jesus, durante a sua infância, assistiu como todos os meninos da sua época nos dois ciclos básicos escolares na sinagoga de Nazaré, onde aprendeu a ler e a escrever. Mas não parece ter recebido o ensino superior próprio dos centros urbanos como Jerusalém. O comentário que dele faziam os judeus dizendo: «Como é que este é letrado, se não estou?» – confirma-o.


Jesus era carpinteiro?

Que profissão praticou Jesus durante a sua adolescência? Sabemos que todos os pais das famílias judaicas procuravam uma ocupação para o seu filho, pois os rabinos diziam: “Quem não ensina uma profissão ao seu filho, ensina-o a roubar.” Como vimos, São Marcos diz que quando Jesus pregou na sinagoga de Nazaré, os seus conterrâneos comentaram: «Não é este o carpinteiro?» (Mc 6,3). Daí se ter pensado sempre que ele foi carpinteiro.

Mas muitos têm posto em dúvida esta afirmação. Primeiro, porque os outros Evangelhos trazem uma versão diferente. São Mateus, por exemplo, diz que a pergunta das pessoas foi: «Não é este o filho do carpinteiro?» (Mt 13,55), quer dizer, atribui o ofício de carpinteiro a São José, não a Jesus. Enquanto que em São Lucas a gente pergunta: «Não é este o filho de José?» (Lc 4, 22), com o qual, nenhum dos dois é apresentado como carpinteiro.

Segundo, porque Nazaré, situada na fértil região da Galileia, era uma povoação de camponeses, a maioria dos quais se dedicava à agricultura e a criar gado.

Terceiro, porque em quase todas as parábolas de Jesus há imagens do meio agrícola (o semeador, a cizânia, a vinha, a figueira, o grão de mostarda, etc.), e não do ambiente da carpintaria…

Contudo, hoje os biblistas concluíram que Marcos, o primeiro evangelista a escrever, não se teria animado a chamar a Jesus “carpinteiro”, ocupação que gozava de pouco prestígio naquela época, se realmente não fosse certo. Pelo contrário, há motivos para Mateus ter alterado a informação: como pretendia acentuar mais a figura solene e majestosa de Jesus, pensou que tal atribuição era desrespeitosa, preferindo transferi-la para José. E Lucas, mais sensível ainda que Mateus, considerou a referência àquela profissão como um insulto dos galileus, e optou por eliminá-la tanto de José como de Jesus.

O aludir tanto à agricultura nas suas parábolas, deve-se ao facto de o seu auditório estar formado, na sua maioria, por agricultores, pelo que procurou adaptar-se à sua linguagem. Podemos, pois, concluir que Jesus, durante os 30 anos da sua vida oculta, trabalhou como carpinteiro.



Como rezava Jesus?

Outras das coisas que Jesus aprendeu durante a sua adolescência em Nazaré foi a rezar, pois qualquer criança israelita, a partir dos 13 anos, adquiria o hábito de orar três vezes por dia: de manhã, ao meio-dia e à noite (Sl 55,18; Dn 6,11; Act 10,9). Para isso, era ensinado a cobrir a cabeça e os ombros com um manto especial, chamado “talit”, com umas franjas chamadas “zitzit” dependuradas nas suas quatro pontas. Essas franjas representavam todas as leis divinas, que eles observavam de coração nos “quatro cantos” ou fases da sua vida. Eram um total de 32 (8 franjas em cada canto), porque o número 32 simboliza a palavra “coração” em hebraico. O uso das franjas tinha sido ordenado por Deus a Moisés no livro do Deuteronómio: «Diz aos filhos de Israel que ponham umas franjas na ponta dos seus mantos. Assim ao vê-las, lembrar-se-ão de todos os mandamentos do Senhor» (15,37-41).

Havia duas orações que um judeu, a partir da sua adolescência, devia recitar cada dia. A primeira chamava-se “Shemá” (em hebraico, “Escuta”), porque começava assim: «Escuta, Israel: Yahvé é o nosso único Deus.» Mais do que uma oração, era uma profissão de fé, tirada do livro do Deuteronómio (6,4-7). E na segunda era a chamada “Shemoné Esre” (em hebraico, “Dezoito”) porque consistia em dezoito orações (três louvores, doze petições e três agradecimentos a Deus).

Nestas orações, repetidas ao longo do dia, o menino Jesus foi aprendendo a chamar a Deus “Pai nosso”. E foram estas que criaram o clima espiritual em que Ele cresceu, e que marcaram profundamente a sua psicologia religiosa de criança.



Aonde ia aos sábados?

Desde a infância, aos sábados o menino Jesus acudia à sinagoga de Nazaré acompanhado pelos seus pais. Como qualquer outro menino, ter-se-á sentido aborrecido e distraído perante as intermináveis orações da assembleia, que duravam quase toda a manhã, e para ele se tornavam difíceis de acompanhar porque eram em hebraico, língua que ele não entendia uma vez que falava o aramaico. Mas, com o andar dos anos, foi aprendendo as orações e os ritos, até se lhe tornarem familiares.

Além da frequência da sinagoga, o sábado devia ser venerado com a prática do descanso total. Assim, desde Sexta-feira à tarde, o menino Jesus deve ter ajudado a sua mãe Maria nos preparativos da celebração: trazer dupla reserva de água, limpar a humilde casa, colocar no seu lugar as ferramentas de trabalho, enquanto Maria preparava as duas refeições: para sexta à noite e sábado ao meio-dia.

Minutos antes de começar o sábado, isto é, na sexta ao cair da tarde, o pequeno Jesus de pé diante da mesa assistia ao rito da luz, tradicionalmente reservado às mulheres da casa: Maria pronunciava uma bênção e acendia uma lâmpada, que ficava acesa até à manhã seguinte, quando se levantavam para ir à sinagoga.

Ao meio-dia, quando regressavam, as famílias da aldeia reuniam-se em grupos para partilhar um almoço comum, no qual se falava principalmente de assuntos religiosos.

Preocupar-se com o hoje

Como vemos, a vida oculta de Jesus não teve nada de extraordinário nem prodigioso, como a pintam as absurdas lendas tecidas sobre ela. Foi nesta atmosfera simples e familiar, própria das aldeias da Galileia, que o menino Jesus cresceu, amadureceu e descobriu a vida. O coro dos meninos na escola, a voz das raparigas na fonte de água, o monótono golpear do martelo na carpintaria, o grito repetido das mães chamando para casa as suas filhas entretidas na rua foram o clima que Jesus respirou e assimilou durante 30 anos.

E quando um dia o seu Pai do céu lhe pediu que deixasse tudo e fosse pregar a mensagem de salvação aos seus irmãos humanos, nunca se arrependeu dos anos passados na sua aldeia, na sua casa e com a sua gente; dos seus anos ocultos e silenciosos; do seu trabalho na oficina e dos encontros com amigos. Nunca considerou esse tempo como “perdido”, pois viveu cada dia e cada época como a melhor que tinha. E assim o ensinou também, quando se tornou adulto: «Não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã já terá as suas preocupações. Basta a cada dia o seu problema» (Mt 6,34).
2 de Maio de 2010 


  • Verde. 5º Domingo da Páscoa 


1 de Maio de 2010 


  • Branco. Sábado da 4ª Semana da Páscoa 


  • Branco. 6ª-feira da 4ª Semana da Páscoa 

quinta-feira, 29 de abril de 2010
Santa Catarina de Sena Virgem e Doutora da Igreja
(+ Itália, 1380)
Era leiga, pertencia à Ordem Terceira de São Domingos, recebeu graças místicas extraordinárias e formou numerosos discípulos. É considerada a maior glória da espiritualidade dominicana. Embora mística e contemplativa, exerceu influência enorme na vida política e social de seu tempo, tendo trabalhado para o retorno do Papado de Avinhão para Roma. Deixou numerosos escritos e faleceu com apenas 33 anos.
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Branco. 5ª-feira da 4ª Semana da Páscoa
Sta. Catarina de Sena VgDra, memória

1ª Leitura - At 13,13-25
Da descendência de Davi Deus fez surgir
para Israel um Salvador, que é Jesus.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 13,13-25
13Paulo e seus companheiros embarcaram em Pafose chegaram a Perge da Panfília.João deixou-os e voltou para Jerusalém.14Eles, porém, partindo de Perge,chegaram a Antioquia da Pisidia.E, entrando na sinagoga em dia de sábado, sentaram-se.15Depois da leitura da Lei e dos Profetas,os chefes da sinagoga mandaram dizer-lhes:"Irmãos, se vós tendes alguma palavrapara encorajar o povo, podeis falar."16Paulo levantou-se,fez um sinal com a mão e disse:"Israelitas e vós que temeis a Deus, escutai!17O Deus deste povo de Israelescolheu os nossos antepassadose fez deles um grande povoquando moravam como estrangeiros no Egito;e de lá os tirou com braço poderoso.18E, durante mais ou menos quarenta anos,cercou-os de cuidados no deserto.19Destruiu sete nações na terra de Canaãe passou para eles a posse do seu território,20por quatrocentos e cinqüenta anos aproximadamente.Depois disso, concedeu-lhes juízes, até ao profeta Samuel.21Em seguida, eles pediram um reie Deus concedeu-lhes Saul, filho de Cis,da tribo de Benjamim,que reinou durante quarenta anos.22Em seguida, Deus fez surgir Davi como reie assim testemunhou a seu respeito:"Encontrei Davi, filho de Jessé,homem segundo o meu coração,que vai fazer em tudo a minha vontade."23Conforme prometera, da descendência de DaviDeus fez surgir para Israel um Salvador,que é Jesus.24Antes que ele chegasse,João pregou um batismo de conversãopara todo o povo de Israel.25Estando para terminar sua missão,João declarou: "Eu não sou aquele que pensais que eu seja!Mas vede: depois de mim vem aquele,do qual nem mereço desamarrar as sandálias".Palavra do Senhor.


Salmo - Sl 88, 2-3. 21-22. 25.27 (R. Cf. 2a)
R. Â Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia

2Â Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, *de geraçóo em geraçóo eu cantarei vossa verdade!3Porque dissestes: "O amor é garantido para sempre!" *E a vossa lealdade é tóo firme como os céus.R.
21Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor, *e o ungi, para ser rei, com meu óleo consagrado.22Estará sempre com ele minha móo onipotente, *e meu braço poderoso há de ser a sua força. R.
23Nóo será surpreendido pela força do inimigo, *nem o filho da maldade poderá prejudicá-lo.24Diante dele esmagarei seus inimigos e agressores, *ferirei e abaterei todos aqueles que o odeiam.R.
25Minha verdade e meu amor estaróo sempre com ele, *sua força e seu poder por meu nome cresceróo.27Ele, entóo, me invocará: "Â Senhor, vós sois meu Pai, *sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvaçóo!`R.


Evangelho - Jo 13,16-20
Quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 13,16-20
Depois de lavar os pés dos discípulos,Jesus lhes disse:16Em verdade, em verdade vos digo:o servo não está acima do seu senhore o mensageiro não é maior que aquele que o enviou.17Se sabeis isto, e o puserdes em prática,sereis felizes.18Eu não falo de vós todos.Eu conheço aqueles que escolhi,mas é preciso que se realize o que está na Escritura:"Aquele que come o meu pãolevantou contra mim o calcanhar."19Desde agora vos digo isto,antes de acontecer,a fim de que, quando acontecer,creais que eu sou.20Em verdade, em verdade vos digo,quem recebe aquele que eu enviar,me recebe a mim;e quem me recebe,recebe aquele que me enviou."Palavra da Salvação.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
São Luís Maria Grignion de Montfort, Confessor
(+ França, 1716)
Grande doutor marial dos tempos modernos, combateu arduamente a influência jansenista nos meios católicos, pregou no noroeste da França -- precisamente na região em que, 80 anos depois, os camponeses se levantaram de armas na mão contra a Revolução Francesa -- e fundou a Companhia de Maria e a Congregação das Filhas da Sabedoria. Vivia abrasado no amor de Deus e de sua Santa Mãe, e aspirava ardentemente, como demonstram seus escritos, pelo advento de uma época em que Nossa Senhora fosse efetivamente obedecida como Rainha. Sua obra mais célebre é o Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, em que ensina a Escravidão por amor à Santíssima Virgem como meio mais seguro de servir a seu Divino Filho.
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Branco. 4ª-feira da 4ª Semana da Páscoa

1ª Leitura - At 12,24 - 13,5a
Separai para mim Barnabé e Saulo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 12,24 - 13,5a
Naqueles dias:24A palavra do Senhor crescia e se espalhava cada vez mais.25Barnabé e Saulo, tendo concluído seu ministério,voltaram de Jerusalém,trazendo consigo João, chamado Marcos.13,1Na igreja de Antioquia, havia profetas e doutores.Eram eles: Barnabé, Simeão, chamado o Negro,Lúcio de Cirene, Manaém,que fora criado junto com Herodes, e Saulo.2Um dia, enquanto celebravam a liturgia,em honra do Senhor, e jejuavam,o Espírito Santo disse:"Separai para mim Barnabé e Saulo,a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os chamei."3Então eles jejuaram e rezaram,impuseram as mãos sobre Barnabé e Saulo,e deixaram-nos partir.4Enviados pelo Espírito Santo,Barnabé e Saulo desceram a Selêuciae daí navegaram para Chipre.5aQuando chegaram a Salamina,começaram a anunciar a Palavra de Deusnas sinagogas dos judeus.Eles tinham João como ajudante.Palavra do Senhor.


Salmo - Sl 66, 2-3. 5. 6.8 (R. 4)
R. Que as nações vos glorifiquem ó Senhor,
que todas as nações vos glorifiquem.

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia

2Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção, *e sua face resplandeça sobre nós!3Que na terra se conheça o seu caminho *e a sua salvação por entre os povos.R.
5Exulte de alegria a terra inteira, *pois julgais o universo com justiça;os povos governais com retidão, *e guiais, em toda a terra, as nações.R.
6Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, *que todas as nações vos glorifiquem!8Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe, *e o respeitem os confins de toda a terra!R.


Evangelho - Jo 12,44-50
Eu vim ao mundo como luz.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 12,44-50
Naquele tempo:44Jesus exclamou em alta voz:"Quem crê em mim,não é em mim que crê,mas naquele que me enviou.45Quem me vê,vê aquele que me enviou.46Eu vim ao mundo como luz,para que todo aquele que crê em mimnão permaneça nas trevas.47Se alguém ouvir as minhas palavras e não as observar,eu não o julgo,porque eu não vim para julgar o mundo,mas para salvá-lo.48Quem me rejeita e não aceita as minhas palavrasjá tem o seu juiz:a palavra que eu falei o julgará no último dia.49Porque eu não falei por mim mesmo,mas o Pai, que me enviou, ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar.50E eu sei que o seu mandamento é vida eterna.Portanto, o que eu digo,eu o digo conforme o Pai me falou."Palavra da Salvação.


Reflexão - Jo 12, 44-50
Jesus é o grande comunicador do Pai. Ele veio ao mundo não para fazer a própria vontade, mas veio como enviado do Pai para realizar as obras de Deus, e ele foi fiel à sua missão. E a missão que o Pai atribuiu a Jesus é uma missão salvífica: a missão de retirar a humanidade do reino das trevas e introduzi-la no reino da luz. Ser cristão significa ouvir as palavras de Jesus, reconhecer o caráter divino que está presente nela, sentir-se apelado por ela para não mais viver nas trevas do erro, do pecado e da morte, mas sim na luz da verdade, da vida e do amor e responder de forma positiva a este apelo para que, crendo nas palavras de Jesus, creiamos firmemente naquele que o enviou para a nossa salvação.

terça-feira, 27 de abril de 2010

CATÓLICOS, VENHAM PARA CASA


Leituras Relacionadas ao dia 27/04/2010 - CNBB
Branco. 3ª-feira da 4ª Semana da Páscoa

1ª Leitura - At 11,19-26
Começaram a pregar também aos gregos,
anunciando-lhes a Boa Nova do Senhor Jesus.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 11,19-26
Naqueles dias:19Aqueles que se haviam espalhadopor causa da perseguição que se seguiu à morte de Estêvão,chegaram à Fenícia, à ilha de Chipree à cidade de Antioquia,embora não pregassem a Palavraa ninguém que não fosse judeu.20Contudo, alguns deles,habitantes de Chipre e da cidade de Cirene,chegaram a Antioquiae começaram a pregar também aos gregos,anunciando-lhes a Boa Nova do Senhor Jesus.21E a mão do Senhor estava com eles.Muitas pessoas acreditaram no Evangelhoe se converteram ao Senhor.22A notícia chegou aos ouvidos da Igrejaque estava em Jerusalém.Então enviaram Barnabé até Antioquia.23Quando Barnabé chegoue viu a graça que Deus havia concedido,ficou muito alegre e exortou a todospara que permanecessem fiéis ao Senhor,com firmeza de coração.24É que ele era um homem bom,cheio do Espírito Santo e de fé.E uma grande multidão aderiu ao Senhor.25Então Barnabé partiu para Tarso, à procura de Saulo.26Tendo encontrado Saulo, levou-o a Antioquia.Passaram um ano inteiro trabalhando juntos naquela Igreja,e instruíram uma numerosa multidão.Em Antioquia os discípulos foram, pela primeira vez,chamados com o nome de cristãos.Palavra do Senhor.


Salmo - Sl 86, 1-3. 4-5. 6-7 (R. Sl 116, 1a)
R. Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia

1O Senhor ama a cidade *que fundou no Monte santo;2ama as portas de Sião *mais que as casas de Jacó.3Dizem coisas gloriosas *da Cidade do Senhor.R.
4"Lembro o Egito e Babilônia *entre os meus veneradores.Na Filistéia ou em Tiro +ou no país da Etiópia, *este ou aquele ali nasceu.5De Sião, porém, se diz: +"Nasceu nela todo homem; *Deus é sua segurança".R.
6Deus anota no seu livro, +onde inscreve os povos todos: *"Foi ali que estes nasceram".7E por isso todos juntos *a cantar se alegrarão;e, dançando, exclamarão: *"Estão em ti as nossas fontes!"R.


Evangelho - Jo 10,22-30
Eu e o Pai somos um.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 10,22-30
22Celebrava-se, em Jerusalém, a festa da Dedicação do Templo.Era inverno.23Jesus passeava pelo Templo,no pórtico de Salomão.24Os judeus rodeavam-no e disseram:"Até quando nos deixarás em dúvida?Se tu és o Messias, dize-nos abertamente."25Jesus respondeu:"Já vo-lo disse, mas vós não acreditais.As obras que eu faço em nome do meu Paidóo testemunho de mim;26vós, porém, não acreditais,porque não sois das minhas ovelhas.27As minhas ovelhas escutam a minha voz,eu as conheço e elas me seguem.28Eu dou-lhes a vida eternae elas jamais se perderão.E ninguém vai arrancá-las de minha mão.29Meu Pai, que me deu estas ovelhas,é maior que todos,e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai.30Eu e o Pai somos um."Palavra da Salvação.


Reflexão - Jo 10, 22-30
Colaborar na missão salvífica de Jesus através da ação pastoral da Igreja significa levar as pessoas a reconhecerem nele o Deus vivo encarnado para a salvação de todos os que nele crerem. Para que esta ação surta efeito, o anúncio é necessário, mas por si só é insuficiente. Não basta apenas falar de Jesus, é preciso obras, é necessária a vivência dos valores evangélicos, o amor precisa ser concretizado. Mas acima de tudo, é necessária a consciência de que somos participantes da divina missão de salvação dos homens e que quem realiza esta obra não somos nós, mas sim o próprio Deus, é ele quem pastoreia através de nós. Somos na verdade canais de graça para que os homens ouçam a voz de Jesus, sintam-se integrantes do seu rebanho e o sigam rumo à vida eterna.

terça-feira, 27 de abril de 2010
Santa Zita, Virgem
(+ Luca, 1278)

segunda-feira, 26 de abril de 2010


segunda-feira, 26 de abril de 2010
Nossa Senhora do Bom Conselho
Esta invocação, incluída na Ladainha Lauretana, é muito antiga. Na Idade Média, num santuário situado em Scutari, na Albânia, venerava-se um afresco milagroso de Nossa Senhora do Bom Conselho. Em 1467, quando os turcos maometanos estavam dominando a Albânia, Anjos destacaram o afresco da parede e o transportaram pelos ares até a cidade de Genazzano, próxima a Roma. Ali permanece há mais de 500 anos, sendo objeto de grande devoção e ocasião de inúmeros milagres.
Leituras Relacionadas ao dia 26/04/2010 - CNBB
Branco. 2ª-feira da 4ª Semana da Páscoa

1ª Leitura - At 11,1-18
Também aos pagãos Deus concedeu a conversão
que leva para a vida!
Leitura dos Atos dos Apóstolos 11,1-18
Naqueles dias:1Os apóstolos e os irmãos, que viviam na Judéia,souberam que também os pagãoshaviam acolhido a Palavra de Deus.2Quando Pedro subiu a Jerusalém,os fiéis de origem judaicacomeçaram a discutir com ele, dizendo:3"Tu entraste na casa de pagãos e comeste com eles!"4Então, Pedro começou a contar-lhes,ponto por ponto, o que havia acontecido:5"Eu estava na cidade de Jopee, ao fazer oração, entrei em êxtasee tive a seguinte visão:vi uma coisa parecida com uma grande toalhaque, sustentada pelas quatro pontas,descia do céu e chegava até junto de mim.6Olhei atentamente e vi dentro delaquadrúpedes da terra, animais selvagens,répteis e aves do céu.7Depois ouvi uma voz que me dizia:"Levanta-te, Pedro, mata e come."8Eu respondi: "De modo nenhum, Senhor!Porque jamais entrou coisa profana e impurana minha boca".9A voz me disse pela segunda vez:"Não chames impuro o que Deus purificou".10Isso repetiu-se por três vezes.Depois a coisa foi novamente levantada para o céu.11Nesse momento, três homens se apresentaramna casa em que nos encontrávamos.Tinham sido enviados de Cesaréia, à minha procura.12O Espírito me disse que eu fosse com eles sem hesitar.Os seis irmãos que estão aqui me acompanharame nós entramos na casa daquele homem.13Então ele nos contou que tinha visto um anjoapresentar-se em sua casa e dizer:"Manda alguém a Jope para chamar Simão,conhecido como Pedro.14Ele te falará de acontecimentosque trazem a salvaçãopara ti e para toda a tua família".15Logo que comecei a falar,o Espírito Santo desceu sobre eles,da mesma forma que desceu sobre nós no princípio.16Então eu me lembrei do que o Senhor havia dito:"João batizou com água,mas vós sereis batizados no Espírito Santo".17Deus concedeu a eles o mesmo dom que deu a nósque acreditamos no Senhor Jesus Cristo.Quem seria eu para me opor à ação de Deus?"18Ao ouvirem isso, os fiéis de origem judaica se acalmarame glorificavam a Deus, dizendo:"Também aos pagãos Deus concedeu a conversãoque leva para a vida!"Palavra do Senhor.


Salmo - Sl 41, 2-3; 42, 3.4 (R. Cf. Sl 41, 3a)
R. A minh"alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo.

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia

41,2Assim como a corça suspira*pelas águas correntes,suspira igualmente minh"almapor vós, ó meu Deus!R.
3A minh" alma tem sede de Deus,*e deseja o Deus vivo.Quando terei a alegria de ver*a face de Deus?R.
42.3Enviai vossa luz, vossa verdade:*elas serão o meu guia;que me levem ao vosso Monte santo,*até a vossa morada!R.
4Então irei aos altares do Senhor,*Deus da minha alegria.Vosso louvor cantarei, ao som da harpa,*meu Senhor e meu Deus!R.


Evangelho - Jo 10,1-10
Eu sou a porta das ovelhas.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 10,1-10
Naquele tempo, disse Jesus:1"Em verdade, em verdade vos digo,quem não entra no redil das ovelhas pela porta,mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante.2Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas.3A esse o porteiro abre,e as ovelhas escutam a sua voz;ele chama as ovelhas pelo nomee as conduz para fora.4E, depois de fazer sair todas as que são suas,caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem,porque conhecem a sua voz.5Mas não seguem um estranho,antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos."6Jesus contou-lhes esta parábola,mas eles não entenderam o que ele queria dizer.7Então Jesus continuou:"Em verdade, em verdade vos digo,eu sou a porta das ovelhas.8Todos aqueles que vieram antes de mimsão ladrões e assaltantes,mas as ovelhas não os escutaram.9Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo;entrará e sairá e encontrará pastagem.10O ladrão só vem para roubar, matar e destruir.Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.Palavra da Salvação.


Evangelho - Jo 10,11-18
O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 10,11-18
Naquele tempo, disse Jesus:11Eu sou o bom pastor.O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.12O mercenário, que não é pastore não é dono das ovelhas,vê o lobo chegar,abandona as ovelhas e foge,e o lobo as ataca e dispersa.13Pois ele é apenas um mercenárioe não se importa com as ovelhas.14Eu sou o bom pastor.Conheço as minhas ovelhas,e elas me conhecem,15assim como o Pai me conhecee eu conheço o Pai.Eu dou minha vida pelas ovelhas.16Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil:também a elas devo conduzir,escutarão a minha voz,e haverá um só rebanho e um só pastor.17É por isso que o Pai me ama,porque dou a minha vida,para depois recebê-la novamente.18Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo;tenho poder de entregá-lae tenho poder de recebê-la novamente;esta é a ordem que recebi do meu Pai".Palavra da Salvação.


Reflexão - Jo 10, 11-18
Deus afirmou, através do Profeta Jeremias, que ele daria ao seu povo pastores segundo o seu coração e, mais tarde, pela boca do Profeta Ezequiel, que ele mesmo seria o pastor do seu povo. O Evangelho de hoje nos mostra que Deus está cumprindo a sua promessa, pois o Filho, segunda Pessoa da Santíssima Trindade, é quem afirma: �Eu sou o bom pastor�. É o próprio Deus que se coloca a serviço das pessoas com a finalidade de reuni-las num único rebanho. E hoje a Igreja, o Corpo Místico de Cristo, é a continuadora da obra do Pastor, de modo que nela o ser humano é convidado a participar da divina missão do pastoreio.